A AUTORA
Allana Gonzalez
Maringaense, 16 anos. Perfeccionista, mas esculachada; irritada, e também ignorante. Durmo mais do que gostaria e escrevo mais do que poderia imaginar, só que... (+)
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O BLOG
Comecei a escrever porque gostava de brincar com as palavras, inventar humores, descrever cenários. Escrevia porque gostava de ter tudo sob controle... (+)
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Slow dancing in a burning room
escrito em sábado, 1 de junho de 2013 às 20:37
É amor, eu finalmente pirei de vez - como se pirar
fosse algo que eu viesse desejando a um tempo. Porém, é exatamente o que
aconteceu. Eu agora tomo coca-cola em taças, saio de casa sem sutiã – fato que
não deveria ser dito eu acho -, escrevo poemas e até fiz um blog. Um blog!
Escrevo nessa porcariazinha que já saiu de moda há uma década, para leitores
que eu não tenho, sobre sentimentos que eu não sinto, tropeçando a cada nova
linha, cada novo parágrafo. E não
acabou. A louça está lá, até hoje intocável, desde a nossa última janta juntos,
e eu bebo água direto do jarro, como a comida direto da panela. A TV fica
ligada o dia inteiro, mas eu não paro para assisti-la. Fico apenas caminhando de
meia e pijama pelos cômodos, vez ou outra arriscando uns passos de dança, umas
cambalhotas, umas deslizadas. Às vezes invento de decorar peças do Caio
Fernando de Abreu. Às vezes invento de cantar sobre cavaleiros, sobre
montanhas, sobre riachos. Sobre um garoto, e uma garota. Nós? Nunca! Assunto proibido.
E é aqui que eu fico: nos cantos, os quais eu estou completamente apaixonada. Aqui
ninguém me atinge. Aqui ninguém me irrita. Acho que na verdade, esse resultado
não deveria ser atribuído à eles, já que a porta fica trancada, e o telefone
fora do gancho sabe? Só por precaução. E aqui, aqui eu posso fazer o que
quiser. Aqui eu tenho tempo para customizar minhas camisetas, para desenhar de
canetão na parede, para montar quebra-cabeças – sete ao todo. Aqui eu não
preciso de ninguém para me salvar, porque a minha loucura é a minha sanidade. Aqui
ninguém me julga, e assim eu posso cantar sem ter medo de ser ouvida, falar com
as paredes, e chorar. Aqui eu posso chorar. E isso, isso sim é revigorante. As
lágrimas custam a acabar, a dor custa a parar, mas acho que é só uma questão de
tempo. Não isso o que as pessoas falam amor? Talvez o tempo seja capaz sim de
curar. Acho que só precisa-se um pouco de privacidade e paciência. Não sei.
Aliás, eu já não sei de nada faz um bom tempo. Mas como você saberia disso? Eu
sou só uma louca falando sozinha. Uma louca que acabou de te inventar. Porque
amor, eu posso ter pirado de vez, mas uma pequena parte de mim sabe que você
nunca existiu. Você. Meu amor. Nós. Nunca existirá.
Marcadores: história
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Slow dancing in a burning room
escrito em sábado, 1 de junho de 2013 às 20:37
É amor, eu finalmente pirei de vez - como se pirar
fosse algo que eu viesse desejando a um tempo. Porém, é exatamente o que
aconteceu. Eu agora tomo coca-cola em taças, saio de casa sem sutiã – fato que
não deveria ser dito eu acho -, escrevo poemas e até fiz um blog. Um blog!
Escrevo nessa porcariazinha que já saiu de moda há uma década, para leitores
que eu não tenho, sobre sentimentos que eu não sinto, tropeçando a cada nova
linha, cada novo parágrafo. E não
acabou. A louça está lá, até hoje intocável, desde a nossa última janta juntos,
e eu bebo água direto do jarro, como a comida direto da panela. A TV fica
ligada o dia inteiro, mas eu não paro para assisti-la. Fico apenas caminhando de
meia e pijama pelos cômodos, vez ou outra arriscando uns passos de dança, umas
cambalhotas, umas deslizadas. Às vezes invento de decorar peças do Caio
Fernando de Abreu. Às vezes invento de cantar sobre cavaleiros, sobre
montanhas, sobre riachos. Sobre um garoto, e uma garota. Nós? Nunca! Assunto proibido.
E é aqui que eu fico: nos cantos, os quais eu estou completamente apaixonada. Aqui
ninguém me atinge. Aqui ninguém me irrita. Acho que na verdade, esse resultado
não deveria ser atribuído à eles, já que a porta fica trancada, e o telefone
fora do gancho sabe? Só por precaução. E aqui, aqui eu posso fazer o que
quiser. Aqui eu tenho tempo para customizar minhas camisetas, para desenhar de
canetão na parede, para montar quebra-cabeças – sete ao todo. Aqui eu não
preciso de ninguém para me salvar, porque a minha loucura é a minha sanidade. Aqui
ninguém me julga, e assim eu posso cantar sem ter medo de ser ouvida, falar com
as paredes, e chorar. Aqui eu posso chorar. E isso, isso sim é revigorante. As
lágrimas custam a acabar, a dor custa a parar, mas acho que é só uma questão de
tempo. Não isso o que as pessoas falam amor? Talvez o tempo seja capaz sim de
curar. Acho que só precisa-se um pouco de privacidade e paciência. Não sei.
Aliás, eu já não sei de nada faz um bom tempo. Mas como você saberia disso? Eu
sou só uma louca falando sozinha. Uma louca que acabou de te inventar. Porque
amor, eu posso ter pirado de vez, mas uma pequena parte de mim sabe que você
nunca existiu. Você. Meu amor. Nós. Nunca existirá.
Marcadores: história
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ALLANA GONZALEZ.
“Não deixe sua felicidade depender de algo que você pode perder.”
- Autor Desconhecido
Maringaense, 16 anos. Perfeccionista, mas esculachada; irritada, e também ignorante. Durmo mais do que gostaria e escrevo mais do que poderia imaginar, só que tenho uma forte tendência a começar tudo e não terminar nada. Sou consumista compulsiva de livros, extremamente ansiosa e odeio bichos que voam na minha direção. Prefiro finais de semanas em sítio, do que ficar presa na cidade. Adoro o verão, mas gosto da atmosfera do inverno. Prefiro ficção do que romance, e sou meio claustrofóbica. Ainda escuto músicas da Disney e já estou no meu quinto diário. Não sei consolar pessoas, e também não sigo os meus próprios conselhos. Sou azarada, lerda, escandalosa. Meu sonho? Alcançar cada vez um público maior para minhas histórias.
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BAÚ DE TINTA
“E você continua escrevendo sua história pulando linhas, errando palavras, esquecendo os títulos.”
- Tati Bernardi.
Comecei a escrever porque gostava de brincar com as palavras, inventar humores, descrever cenários. Escrevia porque gostava de ter tudo sob controle, de saber o que aconteceria, e porque eu colocava como desfecho das minhas histórias as soluções para os problemas que não encontrava na realidade. Agora eu escrevo porque não aguento guardar tudo para mim, porque a realidade ficou muito chata, porque sinto demais. Escrevo primeiramente para mim e por mim. E esse blog surgiu porque eu queria que as pessoas conhecessem esse meu lado. E porque histórias são escritas para serem lidas.
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